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Cequent Group cresce além da meta e aposta em 2015

 

Ronaldo Lemos, gerente geral no Brasil do grupo Cequent, fabricante de acessórios automotivos

Ronaldo Lemos, gerente geral no Brasil do grupo Cequent

Pouco mais de dois anos depois de entrar no mercado brasileiro ao comprar a Engetran, em 2012, o Cequent Group – divisão South America vem registrando bons resultados, conquistando mercado e se expandindo.

Desde então, o grupo comprou uma segunda fabricante de acessórios automotivos, a DHF, que vem ajudando no crescimento do grupo no País em vários sentidos, não só pela sua linha de produtos e seu parque industrial, mas também pela sua sede, maior do que a da Engetran e estrategicamente situada a pouca distância da mesma.

Engate Engetran, marca de acessórios automotivos do grupo CequentIsso possibilitou um rearranjo interessante para a Cequent, com a sede da empresa e todo o processo industrial sendo transferidos para o imóvel que antes era ocupado pela DHF, enquanto que o imóvel que era utilizado pela Engetran passou a ser usado como um moderno armazém, viabilizando o aumento do estoque de produtos prontos.

Além de investir na mudança, a empresa também alocou recursos para a compra de uma moderna cabine de pintura a seco, com cerca 60 metros de comprimento e de um sistema de ERP, assim como no processo de expansão da área de armazenamento, que ainda está sendo executado e deve aumentar em 3.000 m² a área coberta, adicionando quatro docas para carga e descarga de caminhões.

Crescimento em 2014 continua em 2015

Equipamento de corte a plasma usado na fábrica brasileira do grupo Cequent, fabricante de acessórios automotivos

Segundo Ronaldo Lemos, gerente geral do grupo no Brasil, “o ano passado foi um ano difícil, em função dos dias úteis perdidos por conta da Copa do Mundo e do efeito das eleições, que levaram o país todo a dar uma reduzida na velocidade. Até as vendas de carros caíram.”

“Mas, apesar disso, e de a empresa ainda estar em reestruturação, nós tivemos um crescimento de vendas bastante expressivo em relação ao ano anterior,” revela Ronaldo, destacando que o crescimento foi além do projetado, tanto em termos de produção quanto de faturamento.

Funcionários embalam engates automotivos produzidos pelo Grupo Cequent no BrasilRonaldo revela ainda que a aquisição da DHF foi decisiva para esse crescimento. Em termos de produção e vendas de engates, os números das duas marcas são similares. Com a compra da DHF foram incorporados à linha os cárteres de óleo, que a Engetran não fabricava, e no tocante aos protetores de cárter, a DHF tinha um volume quase dez vezes maior do que a Engetran.

Para ele, as maiores dificuldades enfrentadas pelo grupo americano no mercado brasileiro de acessórios automotivos são a informalidade e a concorrência desleal. Além disso, a Substituição Tributária “atrapalha bastante”, implicando em aumentos de custo dos produtos, demandando mão de obra e agregando complexidade à operação.

Na opinião do executivo, 2015 deverá ser outro ano de crescimento para a Cequent no Brasil. Ele revela que a empresa tem como meta crescer mais de 10% este ano, mesmo considerando o crescimento obtido em 2014.

A Cequent acredita que esse crescimento de vendas também permitiu o crescimento de seus clientes e que a disponibilidade de estoque de produtos para entrega imediata tenha sido um diferencial que pesou na obtenção desse resultado. “Nossos clientes conhecem nossa flexibilidade e souberam explorar as vantagens ao garantirem os produtos a pronta entrega, aproveitando o volume do nosso estoque”.

Aproveitando a entrevista, Ronaldo manda um recado: “Esperamos que nossos clientes continuem otimistas e não se deixem abalar com as notícias, para que todos alcancemos os objetivos de crescimento. O mercado brasileiro de acessórios tende a crescer, não só pelo seu tamanho, mas também pela melhora do poder aquisitivo dos consumidores.”

Planos para 2015

Equipamento usado na fábrica de acessórios automotivos do Grupo Cequent no Brasil

Durante o último ano, a empresa se dedicou a uma expansão regional, pois identificou que tanto a Engetran quanto a DHF tinham suas vendas muito focadas na região Sudeste e um pouco na região Centro-Oeste, mas não exploravam bem o potencial das regiões Nordeste e Sul, apesar de já terem uma boa penetração em ambas.

“No ano passado a nossa atenção estava focada na expansão dentro do Brasil e agora podemos passar a cuidar de toda a América do Sul, região na qual temos algumas exportações, mas ainda num volume bem pequeno,” ele revela.

“Este é um ano de ficar focado na nossa operação. Nosso projeto para 2015 é fazer a expansão para a América do Sul e priorizar outros produtos além dos tradicionais fornecidos ao mercado, agregando outros à nossa linha de acessórios, ampliando o nosso portfólio e aumentando a sua oferta e divulgação,” complementa.

Novas aquisições vão depender muito dos resultados obtidos pela operação no Brasil, explica Ronaldo: “Se os resultados forem satisfatórios, certamente haverá mais investimentos, não só em aquisições, mas também em novos equipamentos. Temos um orçamento específico para isso.”

Fórmula de sucesso

Estoque de acessórios automotivos do Grupo CequentSegundo Ronaldo, a entrada no mercado brasileiro exigiu trabalho, tempo e investimentos. Depois da compra da Engetran teve início um período de adaptação, dedicado a mudanças principalmente de gestão, à contratação de profissionais gabaritados para áreas estratégicas da empresa, à execução de ajustes nos processos de fabricação e à implantação da cultura do grupo americano.

Um dos principais problemas percebidos foi de que não havia disponibilidade suficiente do produto no mercado, o que obrigou a empresa a ajustar a produção à demanda. A solução do problema passou pelo investimento em estoque e pela contratação de um armazém externo, além da implantação de novos processos e contratação de pessoas, permitindo que o prazo médio de entrega passasse de sessenta dias para apenas três.

Com a compra da DHF em novembro de 2013, a Cequent incorporou ativos, produtos, marcas, equipamentos e mão de obra qualificada, mas, ao mesmo tempo, foi obrigada a desacelerar o seu ritmo em função da necessidade de integrar a cultura das duas empresas brasileiras à do grupo.

Apesar de todo planejamento, a velocidade da fusão, da consolidação das contas e da implantação dos sistemas acabaram exigindo mais tempo e recursos que o esperado, questões bem familiares aos empresários no Brasil.

Ronaldo explica que esse processo só terminou nos últimos meses do ano passado, de forma que apenas agora a empresa está em plenas condições de explorar todo o seu potencial.

Linha de produtos

Equipamento usado na fábrica de acessórios automotivos do Grupo Cequent no BrasilAlém de produtos das linhas da Engetran e da DHF, passaram a ser importados outros do portfólio da Cequent que são sucesso de venda no mercado americano. Muitos desses produtos atendem a necessidades do mercado brasileiro, mas ainda não estão presentes na nossa cultura, exigindo um trabalho de educação do consumidor, além da divulgação das respectivas marcas.

No ano passado foi feito um trabalho de divulgação dos engates da linha Bulldog, que são super robustos, com capacidade de tração de mais de 3.000 kg, indicados para rebocar bens como barcos, jet-skis, animais, etc., e que oferece garantia vitalícia.

De acordo com Ronaldo, o resultado foi muito positivo e este ano a expansão do portfólio deve continuar, com a introdução de novos produtos à linha. Ele revela que, além do desenvolvimento local e da importação de produtos já consagrados, muitas vezes as necessidades do mercado brasileiro são levadas à matriz em Detroit, nos Estados Unidos, com a preocupação no desenvolvimento de produtos que utilizem a tecnologia Cequent e estejam adaptados às características do mercado brasileiro.

Ética e valores

Equipamento de corte a plasma usado na fábrica brasileira do grupo Cequent, fabricante de acessórios automotivos

O executivo destaca que uma das prioridades da Cequent desde que chegou ao Brasil foi a adoção de posturas éticas, em alinhamento com os padrões internacionais, tais como vendas somente com nota fiscal, certificação de todos os produtos pelo INMETRO, contratação de pessoas atendendo a todas as exigências da legislação, etc.

“Isso faz com que os nossos clientes também busquem isso junto a outros fornecedores e também acaba ajudando a mudar alguns pontos do mercado brasileiro de acessórios”, explica.

Segundo ele, a empresa também busca ter como clientes empresas com valores semelhantes e para isso lançou no ano passado o Top Cequent Customers, um programa de fidelização que as valoriza e vem produzindo bons resultados para os empresários que participam do Programa.

“Esse Programa inovou ao destacar parceiros que têm visão de negócio, pensam estrategicamente, se preocupam com a sustentabilidade do mercado de acessórios e que não estão olhando só preço,” afirma Ronaldo.

ENAN gera bons resultados

Ronaldo Lemos revela que a empresa está muito satisfeita com os resultados alcançados nas últimas edições do ENAN, que ele considera um bom evento para geração de vendas.

Confiante em um bom resultado para o ENAN 2015, a Cequent deve apresentar várias novidades para as centenas de distribuidores presentes no evento, a exemplo do rack para bicicletas em alumínio Rola NV2 e do engate Bulldog para a Toyota SW4.

 

Texto: Amadeu Castanho Neto

Imagens: Equipe AutoMOTIVO

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