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Lamborghini Egoísta: sonho em dose única

Lamborghini Egoista vista de frente

 

O que significa um “concept car” para uma empresa na qual todos os veículos da linha têm cara de carros-conceito? No que mais é possível inovar, que barreiras é possível ultrapassar, que novos conceitos se pode testar? O Lamborghini Egoísta é a resposta para essas perguntas.

Depois de a McLaren, ao lançar o seu McLaren F1, ter transposto os detalhes de um monoposto de Fórmula Um para um carro “de rua” de dois lugares, agora a Lamborghini resolveu inverter o conceito e criou um carro para só uma única e afortunada pessoa usar nas ruas. Daí o nome Egoísta.

 Lamborghini Egoista vista de lado

Para ilustrar o conceito, a fábrica mostra no vídeo de lançamento um jato de combate cuja parte inferior se abre e libera o piloto dentro de um módulo, que ao chegar no solo se encaixa perfeitamente em um carro, o Egoísta.
A cena, mais do que um delírio criativo de um publicitáro ao criar o filme, fez parte do que os projetistas imaginaram ao desenvolver o carro. Como um piloto de caça, o motorista fica bem no meio do carro, alojado em um espaço que remete ao cockpit de uma aeronave de combate.

O conceito saiu da mente e da prancheta (eletrônica com certeza) do italiano Walter De Silva, responsável pela área de design de todo o Grupo Volkswagen, do qual a Lamborghini é uma subsidiárias. Segundo ele, a idéia nasceu do desejo de criar um veículo que lembrasse que os Lamborghinis sempre foram feitos com paixão e muito mais com o coração do que como cérebro.

 

Lamborghini Egoista vista de cima

“O Egoísta é um carro feito só para uma pessoa, para permitir que ela se divirta e possa expressar ao máximo a sua personalidade. Ele foi projetado exclusivamente para pessoas hiper-sofisticadas que querem as coisas mais extremas e especiais do mundo. Este carro que não tem compromissos, que representa o livre design levado ao extremo”, explicou, justificando a escolha do nome.

Segundo a Lamborghini, o Egoísta é “um presente da Lamborghini para a Lamborghini” e foi apresentado como ponto alto das comemorações do aniversário de 50 anos da fabricante de Sant’Agata Bolognese.

 

Lamborghini Egoista vista de lado

 

Conceito

Além de De Silva, a equipe que criou o Egoísta foi liderada por Alessandro Dambrosio, que cuidou do exterior do veículo e por Stefan Sielaff, que ficou responsável pela parte interna. A principal fonte de inspiração para o concept foi o mundo da aviação de combate, especialmente o helicóptero americano Apache, cujo cockpit, transformado em célula de sobrevivência, pode ser ejetado em casos de emergência.

Se por fora o visual arrojado é todo de carro, por dentro quase tudo lembra um avião de combate, como o HUD (head-up display) posicionado atrás do volante, onde são projetados os principais dados do desempenho do veículo.

Outra fonte de inspiração da equipe de design foi claramente a Fórmula Um, como pode ser percebido no banco tipo concha e nas laterais do cockpit, além de no volante em formato de borboleta, cheio de botões, que também remete aos usados nos dragsters.

Como no helicóptero Apache, o cockpit (ou célula de sobrevivência) do Egoísta pode ser removido. Os projetistas imaginaram que, se o carro fosse produzido, o cockpit seria feito sob-medida para oferecer o máximo de conforto e controle para os afortunados proprietários.

Apesar da sofisticação e da exclusividade, o concept da Lamborghini exige do motorista um comportamento misto de piloto de avião de combate e de Fórmula Um. Para sair do carro, é preciso remover o volante, coloca-lo sobre o painel, abrir eletronicamente o domo de cobertura, ficar de pé no assento, sentar em um ponto específico do lado esquerdo da carroceria e ainda girar as pernas 180 graus para fora.

O "cockpit" da Lamborghini Egoista, mistura de caça e F1

 

Tecnologia

O Egoísta foi projetado e construido incorporando o máximo de elementos de uma aeronave de combate, como pintura anti-radar, luzes de posicionamento tridimensionais, domo de cobertura do cockpit em vidro anti-reflexo em laranja degradê, marcações de pontos nos quais não se pode pisar na carroceria de fibra de carbono, flaps de acionamento automático, etc. O uso da pintura anti-radar é tão extenso que inclui até as rodas.
Por baixo da carroceria toda em alumínio e fibra de carbono ruge um motor V10 de 5.2 litros e nada menos que 800 cavalos, que conta com uma série de tomadas de ar estrategicamente posicionadas para ajudar na refrigeração.

A bem da verdade, egoísta mesmo foi a Lamborghini, que criou uma máquina dessas só para ela. Concorda?

 

Por: Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação

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